sábado, 23 de agosto de 2014

Banda sonora da Rochinha #5

Esta musica é uma das minhas preferidas da Ana Moura.

Adoro a Ana Moura, é a minha fadista de eleição e sempre que ela vem ao Algarve tento não perder a oportunidade de ver e ouvir esta DIVA.

Ontem actuou na FATACIL e fiquei super indignada com a comportamento do público que estava a assistir ao concerto.
O concerto começou com meia hora de atraso, por decisão da organização da feira, nada de anormal em concertos...

Quando os músicos da fadista se apresentaram em palco foram vaiados de uma forma ridícula, como se tivessem culpa do atraso, e a recepção à Ana Moura também não foi a mais calorosa.

Toda a situação foi de uma falta de educação sem explicação e não percebo porque é que pessoas como estas foram assistir ao concerto, de certeza que não são fãs e nem têm noção do privilégio que é ouvir a Ana Moura!!

Ana Moura é uma das fadistas mais conceituadas de Portugal e também é reconhecida internacionalmente, pelo seu excelente timbre de voz, beleza e enorme simpatia para com o seu público.

Já recebeu um globo de ouro e prémios internacionais e atuou com estrelas planetárias como os Rolling Stones, é preciso vir a Lagoa para ser apupada e ainda (simpaticamente) se desculpar pelo atraso????
 
SERIUOUSLY???????????????????????????????????????




"Vou de Lisboa a São Bento
Trago o teu mundo por dentro
No lenço que tu me deste
Vou do Algarve ao Nordeste
Trago o teu beijo bordado
Sou um comboio de fado
Levo um amor encantado
Sou um comboio de gente

Sou o chão do Alentejo
De ferro é o meu beijo
Tão quente como a liberdade
E se não trago saudade
É porque vives deitado
Num amor que não está parado
Sou um comboio de fado
Sou um comboio de gente

Não há amor com mais tamanho
Que este amor por ti eu tenho
Voo de pássaro redondo
Que não aporta no beiral
Não há amor que mais me leve
Que aquele em que se escreve
Ai... lume brando, paz e fogo
E a luz final

Desço do Porto ao Rossio
Levo o abraço do rio
Douro, amante do Tejo
Nos ecos dum realejo
Chora minha guitarra
Trazes-me a paz da cigarra
Num desencontro encontrado
Sou um comboio de fado

Se for morrer a Coimbra
Traz-me da luz a penumbra
Do amor que nunca se fez
Corre-me o sangue de Inês
Mostra-me um sonho acordado
Somos um povo alado
Um povo que vive no fado
A alma de ser diferente"


Letra de Pedro Abrunhosa

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